sábado, 2 de fevereiro de 2013

Poço das Lágrimas...




Eu nego aquele sentimento guardo no fundo do peito e as chaves joguei no fundo do poço das lagrimas.
Só de ver você tão perfeito, sinto quase não caber em meu peito de tão grande, fica espremido, sinto doer a cada pulsar.
É nesse momento que a melancolia se faz presente, dominando-me a cada passos sobre a trilha de espinhos, por saber que não existe príncipes nem princesas como ensinam quando somos meninas, simplesmente a natureza que em cada criação há de se notar.
Então tento planejar as trilhas em que meus pés vão tocar, mantendo sempre o medo ao meu lado, fazendo um escudo que proteja-me de tudo sem nada tocar.
Ouvi nessa trilhas, palavras que voaram com um simples sopro, deixando-me chorar.
Por várias vezes pensei que haveria amor, quando era apenas ego daqueles que não sentem o que sinto nas flores.
Chorei por vezes incansavelmente por acreditar, por acreditar que nesse plano que vivemos houvesse alguém capaz de admirar o som e a paisagem do mar descalços comigo na areia pisar, fazendo um minuto de silêncio ao contemplar tamanha beleza antes dêem amar.
Percebi que faltava a metade de um coração que ainda bate incompleto a cada aproximação de alguém.
Medo, tenho muito sim...
Temo amar mais que a verdade que meus olhos alcançarem, temo amar mais que a própria vida ou que o beijo de uma flor... Entregar a alma e todo amor que nela consiste e ser aprisionada...
Então não me mande presentes, para quem quer ganhar apenas uma estrela, dê-me algo que se faça acreditar que o ar jamais me faltara.
Quero um amor sem nada trocar há não ser cumplicidade, lealdade e paixão pairando no ar.
Só quero um passeio de mãos dadas e seus lábios tocar com as pontas dos dedos até o nascer do sol sob o mar...

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