quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A carta...


Quero ao meu sofrimento me despedir
Deixo essa carta como prova de amor
O mais puro que senti, porem com muito, muito ardor
Como vampiro que me sugou, me tirando todo o amor
O que havia me restado, perturbando e só causando dor
Como um pobre diabo, mais um diabo do inferno
Que ate Satã renegou ...
Em seu túmulo pisoteio, sem duas vezes pensar
Pois seus braços anseio, em sua morte a desejar
Te vejo num funeral sem flores, sem ninguém la pra chorar
Viveras em uma lembrança que a eternidade consumira
Mais deixo a cargo da vida, que da pena de lembrar
Não sei se é motivo de risos
Ou de pena para chorar, mais de uma coisa é certa
E me orgulho de lembrar ...
Não me apego em passado, pois nele os vermes são criados
Me apego na vida , mais te deixo na morte
Ofereço meu sangue a quem me honre ...
E perdeste todo o valor, aquele que amei um dia
vejo que não tem pudor, pobre do homem
Mal amado , que não reconhece a beleza
Sou uma deusa do amor, nunca me abate a tristeza
Pois não é do meu feitio, nem de minha natureza
Hoje me livro dessa gaiola ...
Meu ego fala mais alto, e por ele só morreria
Não tenho medo de nada, como tens quem diria ...
Uma simples alma de menina mais por trás
Uma guerreira, que sangra suas vitimas
Fazendo delas indefesa ...
Sempre me satisfaço tenho um homem do meu lado
Será ironia dizer , que não é anjo nem diabo
Simplesmente não existe ...
Como sempre direi e permanecerei intacta
Na frieza calculista de um ser indomado
Me conhece muito bem por ele fui criada
E por ele morrerei, mais me sinto notada
Não se engane meu amo ...
Por olhos famintos que me tira toda a roupa
Pena não ser muito digno, pois me deixaria louca
Louca sou de natureza, pois minha criação me fez assim
Mais não me surpreenda e não espere por mim
Agora carrego o manto da morte
Por todo lugar que caminho
E quem tiver essa má sorte, vai ficar sem destino
Não se preocupe meu bem vou estar sempre ao teu lado
Mas quando o desespero chegar e não poder evitar
Deixo você no passado ...
E minhas palavras te apunhalo como um ferro em brasas
Pois vejo nisso a beleza, desse mundo desgraçado
Que só reina a pobreza, és um pobre desalmado ....
Só te deixo uma mensagem, pois acabou minha tristeza ...
Me ergo em cima de cinza esse é minha natureza .....

Amada rosa ...



Ao me aconchegar em meu leito de espinhos
Sinto uma voz que me chama
Provavelmente me próprio eu
Fecho os olhos para não ver, e não ouço mais nada
Tudo aquilo que se decompõem em minha volta
Há cheiro de podre em todo lugar
Que não me deixa respirar , e esse vento maldito que não para de sobrar
Me trazendo uma lembrança
Que queria ate arrancar desse peito que cansa de se maltratar
Mais o sol se põe, chega e tormento que ele me trás
Pois o sol que ainda queima, faz minha alma arder demais
Choro, porque não me encontro
E nesse mundo me perdi , é por isso que escrevo
Para tirar você de mim ..
Nem que seja num só golpe que me mate de uma vez
Te prometo minha alma , que não magoou você outra vez
Tu és tão indefesa quando a rosa
No jardim a esperar , esperar por uma dama
Que ainda vem te encontrar ...
Sou dona de ti agora , pra nunca mais te abandonar
Te promete entre versos que parar sempre vou te amar
Ficarei plantada em silencio, em sentinela te prometo
Nunca mais descuidarei de ti
De uma flor tão bela, e por ela me perdi
Diria ate surreal, se não fosses de verdade
Se não fosso uma flor, sentiria ate saudade
Porque com toda essa dor
Bem que você merecia ...
Mais nada me importa agora, a não ser te ver brotar
Que seja em outros braços, que um dia vão estar
Maldito seja o homem ....
Que carrega o espinho, o inverso da rosa
Com um lindo encanto Divino
Agradeço a meu poeta por tamanha inpiraçao
Mais confesso nessa vida, nada pra mim tem perdão
Também sou espinho da rosa e nem tente entender
Te deixo essas palavras, que é só o que vai ter ...